sábado, 13 de agosto de 2011

Ao invés de combater a corrupção, maioria dos políticos chantageia o governo por liberação de emendas


Deu no Globo

O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves disse nesta sexta-feira(12) que ficou surpreso com as declarações da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti de que só vai empenhar R$ 1 bilhão em emendas parlamentares. Ideli repudiou a "greve branca" e cobrou responsabilidade do Congresso. 

O líder peemedebista rebateu cobrando que o governo cumpra o acordo para a liberação de emendas. 

- Estou surpreso com as declarações porque ela tem sido parceira, muito correta com as legítimas indicações da base. As conversas têm ocorrido em bom nível, de respeito. Se esse R$ 1 bi faz falta para o Mantega, não é preciso, pode guardar. Não adianta só R$ 1 bilhão. É desgaste e desrespeito em relação a todos nós. É um direito do Parlamento. O que queremos é que, diante das circunstâncias da economia, se faça um cronograma do que é possível e nos diga - disse Henrique Alves. 

Segundo ele, o Congresso está sensível à questão internacional, tanto que tem segurado votação de temas polêmicos. 

- Estamos enfrentando desgastes. É injusto colocar como se estivesse faltando responsabilidade. Passado o impacto dessa semana, tumultuada, atípica, queremos restabelecer as votações, mas também queremos que a ministra Ideli, o governo, cumpra o acordo - afirmou o líder do PMDB na Câmara.

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Do blogÉ incrível a postura da maioria dos nossos políticos. A maioria deles só pensa em seus interesses próprios. Ao invés de se juntar à presidenta Dilma Rousseff no combate à corrupção, independentemente de qual seja o Ministério ou o órgão público envolvido em falcatruas, a maioria dos nossos políticos prefere chantagear o governo e ameaçar paralisar o Congresso caso não seja liberado o dinheiro das emendas parlamentares. O deputado federal Henrique Alves declarou que o PMDB não iria votar nada na Câmara enquanto a presidenta não liberasse o dinheiro das emendas. Ao invés de fazer esse tipo de ameaça e de chantagem, Henrique e a classe política deveriam se juntar à presidenta e combater com rigor a corrupção nos órgãos públicos. Mas se dependesse de Henrique e da maioria dos nossos políticos, nenhum ministro seria investigado. Henrique, aliás, é sempre um dos primeiros políticos a defender os ministros e assessores do governo acusados de corrupção. Ele agiu assim com Antônio Palocci(Casa Civil), Alfredo Nascimento(Transporte), Wagner Rossi(Agricultura) e o oitentão Pedro Novais(Turismo). Lamentável.

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