sábado, 24 de agosto de 2019

Getúlio Vargas, a Petrobrás e o silêncio dos militares


Neste sábado, o Brasil relembra os 65 anos da morte de Getúlio Vargas. O presidente da República mais influente e popular do Brasil no século 20 tirou a vida na madrugada de 24 de agosto de 1954. O gesto dramático – um tiro no peito – foi o último esforço para barrar a sanha golpista que varria o Brasil naquele período. Sua morte mudou o curso da história do país, adiou o golpe por quase 10 anos e alterou radicalmente a cena política brasileira.

Não há paralelo para a importância de Getúlio Vargas na história do país. Foi ele quem criou o moderno Estado brasileiro, ao fundar a Petrobrás e a Eletrobrás, criar a Companhia Siderúrgica Nacional e estabelecer um marco legal para a relação entre capital e trabalho. Foi ele quem criou as bases do Brasil democrático, mesmo tendo sido um ditador na década de 30.  
O ideário de Vargas, de tornar o Brasil uma nação moderna, com justiça social e oportunidade para todos, parece distante. A sensação é agravada pelos retrocessos do presente. O presidente Jair Bolsonaro é responsável por este presente feio, disruptivo, intimidador, antidemocrático e entreguista. O presente das queimadas, do desmatamento, da fome nas cidades e da violência nas ruas. O presente das privatizações e da entrega do patrimônio público.  O Brasil assiste, atônito, a um governo cujo único propósito é destruir a débil política de bem-estar social, desenhada pela Carta de 1988 e golpeada em 2016 pelo impeachment fraudulento de Dilma Rousseff. 
Senador Jean-Paul Prates PT/RN

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