quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Presidente do PSDC estadual desabafa e cobra mais fidelidade partidária


Joanilson: “São deveres dos filiados votar nos candidatos indicados na convenção”

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Joaquim Pinheiro
Repórter de Política
O presidente do PSDC estadual, Joanilson de Paula Rêgo, candidato a deputado federal nas eleições de outubro, informou na manhã de hoje que notificou extrajudicialmente todos os detentores de mandato e dirigentes do partido para que cumpram as determinações estatutárias, segundo ele, “exatamente na véspera da visita ao Estado do candidato a presidente da República, José Maria Eymael, no sentido de lhe dar ciência que o Rio Grande do Norte não compactua com fraqueza de posições.
Joanilson de Paula Rêgo refere-se a presidentes de partidos que votam em candidatos de outras legendas, inclusive exibindo nos seus veículos retrato e material de propaganda, segundo ele, caracterizando ausência total de ideário político e coerência partidária. “Os partidos de esfrangalham e desmoralizam-se”, disse ele, acrescentando que no caso do PSDC ficaria ruim para ele permitir passivamente esse estado de coisas, principalmente porque o estatuto do meu partido diz o seguinte no artigo 64: “são deveres dos filiados votar nos candidatos indicados pela Convenção Partidária”.
E completa o presidente do PSDC citando o artigo 69: “é motivo suficiente para expulsão o ato de deixar de votar em candidatos aprovados nas convenções”. Lembra ainda, que o artigo 44 define como competência da direção do partido estabelecer diretrizes para a política partidária e fiscalizar a execução da fidelidade partidária. “Com relação a essa eleição o Diretório Nacional priorizou o voto de deputado federal, pois depende desse voto o tempo na propaganda gratuita na televisão e a remessa do fundo partidário”, ressalta o candidato a deputado federal, lembrando: “não estou prejulgando. Estou notificando na esperança de que no meu partido não existe esses casos. Até porque o meu partido não é um partido de homens partidos”.
BALCÃO DE NEGÓCIOS
O advogado e candidato a deputado federal, Joanilson de Paula Rêgo diz que a atual campanha eleitoral transformou-se “num verdadeiro balcão de negócios escusos”. Segundo ele, algumas pessoas procuram os candidatos dizendo o seguinte: “vim para fechar com o senhor na chapa federal. Quando acontece comigo, e já aconteceu, eu respondo: não posso fechar porque estou abrindo as consciências na procura de estabelecer a cultura do voto livre e independente”.
TRE homologa desistência de suplente de senador do PSL
O juiz eleitoral Verlano Medeiros de Queiroz homologou na manhã desta quarta-feira a desistência da candidatura do suplente de senador do PSL, Ricardo Bezerra. Ele requereu à Justiça Eleitoral sua saída do pleito, em função das declarações do candidato ao Senado pelo PSL, Roberto Ronconi, que anunciou em entrevista à imprensa que poderia renunciar à candidatura para apoiar candidatos ao governo e ao Senado de outros partidos, mesmo o PSL tendo nomes próprios na disputa, como ele e o candidato a governador, Araken Farias, presidente estadual do PSL.
Como dirigente partidário, Araken está convocando uma reunião da direção do PSL para esta quarta, com o objetivo de discutir o nome do substituto do suplente. Por ora, não há cogitados. “Tendo em vista as declarações do candidato ao Senado do partido, de que apoiaria Wilma e Henrique, na justificativa que deu ao PSL, o suplente disse que não se sentia à vontade de continuar no pleito, com o candidato ao Senado não apresentando projetos e indo à imprensa dizer que apoiaria outras candidaturas”, afirma Araken.
O presidente do PSL, que disputa o cargo de governador pela primeira vez, diz que irá convocar o candidato ao Senado, Roberto Ronconi, para que se pronuncie, internamente, a respeito da postura de ameaçar renunciar para apoiar candidatos de outros partidos. “O juiz foi pela aprovação da renúncia. Chamamos essa reunião da comissão do PSL para decidir o que vamos fazer, de que forma e se há prazo para substituição. Temos que colocar um substituto, é o que é a lei que determina. Não temos nome. Ronconi continua sendo o candidato ao Senado, a não ser que haja a sua renúncia”.
Araken reconhece que todo o imbróglio se deve às declarações de Ronconi, por vista, feitas ao O Jornal de Hoje. “Todo esse imbróglio é por conta das declarações de Ronconi de que iria renunciar para apoiar Henrique e Wilma. Vamos nos reunir para saber o que pode ser feito ainda, com relação à substituição. No demais, é questão interna corporis. Ronconi vai ser chamado para esclarecer esses fatos. Porque colocou, tem que apresentar ao partido os motivos pelos quais fez as declarações que até agora não conversamos a respeito. Será após essa reunião, vamos convidar para esclarecer os fatos”.

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